domingo, 30 de outubro de 2011

Módulo I: Interdisciplinariedade, Transdisciplinariedade e Construção de Valores

Disciplina: Educação e Construção de Valores
Vídeo-aula 28: O Fenômeno Bullying
Semana 7


A aula aborda o conceito de Bullying (ou violência moral) esclarecendo o fenômeno que, embora presente há tempos na sociedade, vem preocupando aos educadores pela incidência crescente entre crianças e jovens. A partir de uma retomada histórica, propõe uma reflexão sobre o tema, apresenta a situação no Brasil e aponta alternativas para o manejo das situações que envolvem o fenômeno, assim como, ações preventivas que podem minimizar a incidência do problema nas escolas.

Profª Kátia Pupo.

Nós chamamos de bullying (termo em inglês) todas as atitudes agressivas, intencionais e repetidas e também que ocorrem sem uma motivação evidente adotadas por uma ou mais estudantes contra outro (s), causando dor e angústia dentro de uma relação desigual de poder.




Bullying:
  • Humilhações
  • Difamação
  • Constrangimento
  • Menosprezo
  • Intimidação
  • Ameaças
  • Exclusão
  • Perseguições
  • Agressão física
  • Roubo
 
A pesquisa da ABRAPIA (2003) nos oferece dados importantes:
  • Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à Adolescência;
  • 40,5% dos adolescentes já vivenciaram uma situação de bullying;
  • Sala de aula – geralmente acontece em sala de aula e essa invisibilidade ou a não interferência do professor agravam o problema;
  • 50% das vítimas não denunciam, por conta de se sentirem ameaçadas e não decepcionarem seus pais (baixa auto-estima);
  • Meninos – agressões físicas;
  • Meninas – intrigas, fofocas e exclusão.
Brincadeiras ou Bullying?
  • Ação repetida e intencional – Os educadores precisam diferenciar o que  brincadeira de mau gosto e o que é bullying. Ele precisa acontecer repetidas vezes para ser caracterizado como tal.
  • Duração prolongada – o bullying pode durar vários anos.
  • Falta de motivação;
  • Desequilíbrio de poder – a vítima é indefesa e não tem capacidade de solucionar o problema. O mentor do bullying não o pratica, muitas vezes. Ele instiga outros alunos para que o faça por ele.
  • Impossibilidade de defesa.
VÍTIMAS:
  • Pouca habilidade de socialização;
  • Dificuldade para reagir às agressões;
  • Características físicas, comportamento, condição socioeconômica, ou orientação sexual diferentes;
  • Hiperativos e impulsivos;
  • Muitas vítimas tornam-se agressores;
  • Não pedem ajuda por medo de retaliações ou por não quererem decepcionar os pais.
AGRESSORES:
  • Ambos os sexos;
  • Desrespeito às normas;
  • Dificuldade de lidar com frustração;
  • Liderança;
  • Pequenos delitos;
  • Desempenho escolar regular e insuficiente;
  • Ausência de culpa;
  • Desafiadores e agressivos;
  • Dificuldade em lidar com figuras de autoridade;
  • Mentiras constantes.

Cyberbullying ou Bullying Virtual:

  • Uso dos recursos da Internet;
  • Efeito multiplicador e duradouro;
  • Anonimato: criação de perfis falsos pelo agressor;
  • Impunidade;
  • Maioria de adolescente;
  • Passível de ação penal.
CONSEQUÊNCIAS:
  • Tendência ao isolamento
  • Dificuldade de participar das discussões em sala de aula
  • Queda de rendimento escolar
  • Fobia escolar
  • Mudanças de humor
  • Insônia, sintomas de dor de cabeça, estômago
  • Irritadas, ansiosas e tristes
  • Mais propensas a desenvolver transtornos afetivos, depressão, anorexia, bulimia, síndrome do pânico;
  • Suicídio e homicídio.
INTERVENÇÕES POSSÍVEIS:
  • Conscientização;
  • Sensibilizar a comunidade (todos os agentes escolares);
  • Ambiente de confiança, solidário e ético (assembleias para discutir as regras de convivência, estimulando os estudantes a falar sobre os seus sentimentos);
  • Dar apoio e proteção ás vítimas;
  • Estabelecer regras e limites claros;
  • Aplicar sanções sem tolerância em casos de bullying.

Pesquisa da UNICAMP revela que a atitude dos professores é decisiva para coibir ou estimular o bullying escolar, ou seja, o educador tem um papel essencial nesse processo:






                                    Para mais informações, visite: http://www.gagueira.org.br

Módulo I: Interdisciplinariedade, Transdisciplinariedade e Construção de Valores

Disciplina: Educação e Construção de Valores
Vídeo-aula 27: Práticas de Cidadania
Semana 7




A elaboração e desenvolvimento de projeto de atenção a comunidade, e seus pressupostos psicossociais são a base desta vídeo-aula da Profª Patrícia Junqueira Grandino.

Perspectivas Psicossocial sobre a realidade social

  •  Concepção construtiva e histórico-cultural compreende que a realidade social é construída historicamente

  • O sujeito humano produz é determinado pela realidade social


  • Aquisição de conhecimento - dar sentido ao mundo


  • A perspectiva construcionista da abordagem psicossocial enfatiza as representações sociais do processo saúde, doença em diferentes grupos ou sociedades.


  • São as representações que orientam as ações de todas as pessoas. É preciso compreendê-las, bem como compreender o sentido pessoal que cada um atribui as experiências, caso se objetive interferir nas ações.

  • RECONHECER AS CARACTERÍSTICAS DA REALIDADE ESCOLAR (FORMAR PARCERIAS)


Contribuições da psicologia para o atendimento em promoção  da saúde:


  • Reconhecimento do sujeito humano ampliado pela compreensão psicológica emocional;resultado do entrecruzamento das dimensões histórico-cultural, biológica, interpessoal e intrapessoal.
  • Reconhecimento das formas de produção de subjetividade que implicam em crenças e determinam posturas e modos de agir nos sujeitos
  • A relação entre o saber oficial (científico, médico) e o saber popular, precisa ser mediado pela compreensão do sentido construído pelo sujeito (e seu grupo) e pelas representações que subjagem a esse saber.

Etapas para a elaboração  de projetos da atenção direta:


  • Reconhecimento, caracterização e contextualização de campo
  • Estabelecimento de parcerias com comunidades-alvo e seus representantes
  • Levantamento conjunto das demandas a serem atendidas
  • Problematização das demandas e definição dos temas dos projetos

Etapas para elaboração de projetos de atenção direta:

  • Objetivos
  • Definição do público-alvo
  • Metodologia e estratégia de intervenção
  • Resultados esperados
  • Cronograma








 

Módulo I: Interdisciplinariedade, Transdisciplinariedade e Construção de Valores

Disciplina: Temas Transversais e a Estratégia de Projetos
Vídeo-aula 26: Estratégia de Projetos e Educação em Valores
Semana 7

Nesta aula, são apresentados exemplos de atividades desenvolvidas em um projeto escolar que almejava a formação ética de futuros cidadãos e cidadãs. A busca de respostas às perguntas da rede evidencia como a estratégia de projetos possibilita que as disciplinas escolares relacionem-se entre si e ao tema transversal na construção de um conhecimento multidimensional que não se justifica por si mesmo, mas tem a intenção de levar alunos e alunas a conhecer e transformar o mundo em que vivem.
Prof. Ricardo Fernandes Pátaro.

Ao se explorar o tema: “Trabalho infantil e educação no Brasil” com as crianças, vários outros conteúdos surgiram como necessidade, além dos previstos inicialmente.





1ª proposta: Atividade Renda Per Capita
- Exibição de vídeo planejada pelo professor;
- Iniciar a pesquisa sobre trabalho infantil;
- Trabalhar com os conteúdos matemáticos;
- Imprevisto a partir de dificuldades;

As crianças tiveram que ter aulas explicativas para entenderem o que eram per capita, com isso fizeram os cálculos das suas rendas familiares.
2ª Proposta: A escrita de um discurso direto. O diálogo de uma criança que trabalha com o seu patrão.

3ª proposta: Troca de cartas de escolas públicas. Compras de jogos para doar à escola e conhecer os amigos que estudam na escola.


Assim, pode-se dizer que são muitos os caminhos que um projeto transversal percorre. O ponto de partida é sempre a partir dos temas transversais, mas mesmo depois de escolhidos os conteúdos para se trabalhar, outros caminhos são trilhados, pois imprevistos e problemáticas que surgem ao longo desta trajetória, vão permeando e enriquecendo o processo da busca do conhecimento.
Ao final do trabalho com o projeto, observa-se uma enorme rede de conteúdos trabalhados. A consciência crítica destes alunos é expandida e os valores, tão necessários para o desenvolvimento do educando, estão intrínsecos. Desse modo, podemos dizer que há a efetivação da construção do saber e que a estratégia de projetos pode colaborar na construção de valores na escola.




Módulo I: Interdisciplinariedade, Transdisciplinariedade e Construção de Valores

Disciplina: Temas Transversais e a estratégia de projetos
Vídeo-aula 25: Estratégia de Projetos e a Construção da rede
Semana 7

O objetivo da aula é apresentar as etapas básicas de um projeto escolar e a construção de uma rede. Desde a escolha do tema, passando pela elaboração das perguntas e planejamento docente, a aula mostra imagens da rede de um projeto desenvolvido com crianças de 10 a 11 anos do Ensino Fundamental. Trata-se de uma possibilidade de trabalho apoiada em teorias de complexidade, interdisciplinaridade e transversalidade.
Prof. Ricardo Fernandes Pátaro.
O projeto tem início com a escolha de um tema transversal.
Vamos aqui trabalhar com um exemplo de tema, elaborado para crianças de 10 a 11 anos de idade, a partir do artigo XXVI da Declaração dos Direitos Humanos.


Algumas temáticas foram levantadas para dar início ao projeto:
  • Crianças fora da escola no Brasil
  • Educação para paz e respeito
  • Crianças que não tem escola perto da sua casa
  • Trabalho infantil e educação no Brasil
  • Dificuldades nas escolas públicas
O tema escolhido pelos alunos foi: “Trabalho infantil e educação no Brasil”.
A partir do interesse dos alunos, ocorre a elaboração de perguntas sobre a temática específica que foi escolhida.


 
Após as perguntas serem elaboradas, os professores ligam a temática aos conteúdos necessários e possíveis de todas as disciplinas, de maneira transversal.
- O projeto segue com atividades e pesquisas, buscando respostas às perguntas das crianças;
- A Rede promove registro de percurso das atividades e relação entre as disciplinas
curriculares;
- Exemplos de atividades de Matemática, Ciências e Língua Portuguesa.


Etapas de um projeto:
  • Escolha de tema amplo relacionado à formação de valores;
  • Estudos de aproximação ao tema;
  • Escolha de temática mais específica para ser estudada;
  • Elaboração de perguntas partindo do interesse dos alunos;
  • Planejamento docente das estratégias e metodologias, articulando as perguntas aos conteúdos disciplinares;
  • Busca coletiva de respostas às perguntas do projeto.



Módulo I: Interdisciplinariedade, Transdisciplinariedade e Construção de Valores

Disciplina: Educação e Construção de Valores
Vídeo-aula 24: Diversidade/Pluralidade Cultural na escola
Semana 6

Na aula “Diversidade/Pluralidade Cultural na Escola” busca-se expor como o tema da diversidade cultural/étnica toma novos contornos a partir do final da década de 1990, com a publicação de parâmetros e diretrizes educacionais, além novas leis e definições sobre o tema. Para levantar questões sobre o complexo e urgente desafio de se lidar com as diferenças, que se multiplicam e deslocam no contexto escolar, analisam-se as seguintes categorias: O outro como fonte de todo mal; O outro como sujeito pleno de uma marca cultural e O outro como alguém a tolerar. Profª Daniele Kowalewski

Educação e construção de valores:
  • Maior acesso e diversidade;
  • As dificuldades de se lidar com a diferença / diversidade / pluralidade/ multiculturalismo;
  • A Igualdade e a Diferença.
Algumas categorias para pensarmos:
Segundo Silvia Duschatzky e Carlos Skliar em “O nome dos outros. Narrando a alteridade na cultura e na educação”:
  • O outro como fonte de todo mal;
  • O outro como sujeito pleno de uma marca cultural;
  • O outro como alguém a tolerar.
                                                      Charge de Tonucci



2010 Um marco:

"Estatuto da Igualdade Racial"
 
 

 
 Algumas experiências e questões:

Oficinas com professores e trabalhos em sala de aula: trocas constantes;
Questões mais polêmicas e cotas raciais
O que fazer na escola quanto a temática da pluralidade?
Será que nós educadores conseguimos lidar com todas as diferenças?
É possível ensinar sobre o outro sem torná-lo exótico?
Afinal como é possível educar na diferença

A Profª Daniele Kowalewski termina mais com dúvidas do que com proposições, pois diz que este é um tema em transição e que devemos pensar nas diferenças entre a universalidade dos direitos para todos e nas suas particularidades para que as escolas sejam mais justas.
 
 
"É necessário também um momento especial para reconhecermos as diferenças entre nós e os outros."                            (Hofmannsthal , Hugo)

Módulo I: Interdisciplinariedade, Transdisciplinariedade e Construção de Valores

Disciplina: Educação e Construção de Valores
Vídeo-aula 23: Assembléias escolares e democracia escolar
Semana: 6

Neste vídeo, produzido pelo MEC e pela TVE, apresenta-se a proposta das assembléias escolares, como o momento institucional da palavra e do diálogo. Sua implementação solicita a transformação das relações interpessoais, ao mesmo tempo que intervêm na construção psicológica e moral de seus agentes. Com as assembléias atinge-se a finalidade de promover a participação das pessoas nos espaços de decisão e de democratizar a convivência coletiva e as relações interpessoais.

Assembleia é o espaço do diálogo para encontrar soluções para os conflitos na escola, concretizando uma escola democrática e participativa.

O vídeo mostra como as assembléias escolares funcionam em uma Escola Comunitária de Campinas:

Espaço de Diálogo
Resolução de Conflitos Diários
Combinados nas críticas: Falar sobre FATOS  não PESSOAS
Roda de Conversa, sem carteiras ou mesas para atrapalhar
A assembléia é introduzida no 1º ano do ensino fundamental, para um melhor desenvolvimento nos anos posteriores. A iniciação da assembléia é a leitura do livro: ASSEMBLÉIA DOS RATOS.

Na assembléia é combinado também colocar além das críticas as felicitações, com isso um dia é escolhido para ler ambos.

Esses argumentos de críticas e felicitações são feitos na sala de aula com a turma do educando, posteriormente em uma data marcada as turmas se reúnem para expor críticas e alguns já dão as sugestões para a melhoria do problema.

Contudo, não esta mais somente nas mãos do professor, os alunos críticam e alcançam soluções.
Um dos artigos Prof. Ulisses Araújo expõe seus argumentos sobre as Assembléias Escolares:




Existem também as assembléias com os professores, pois dessa forma eles se sentem na pele do aluno.
Intuito das Assembléias:
Diálogo
Democratização escolar (Os alunos passam a ter um papel ativo na escola)



"Acreditar na participação como um valor"




 

Módulo I: Interdisciplinariedade, Transdisciplinariedade e construção de valores

Disciplina: Temas Transversais e a estratégia de projetos
Vídeo-aula 22: Práticas de projetos e transversalidade em sala de aula: questões de gênero no cotidiano escolar
Semana 6

A complexidade das questões de gênero no cotidiano escolar são abordadas a partir de uma perspectiva sócio-histórica, analisando a responsabilidade da escola – como uma das instâncias mais significativas de socialização – na aprendizagem dos papéis sociais a serem assumidos pelas futuras gerações. Destaca-se, entre eles, os papéis de gênero como constructos definidores da subjetivação do sexo biológico a partir de modelos psicossociais de dominação simbólica presentes na sociedade.
Pedagogia de Projetos:
- Tema transversal selecionado;
- Adesão voluntária;
- Projeto Interdisciplinar


Temas transversais (Sugeridos pelo PCN):


Eixos de Disussão:

  • Construcionismo social
  • Socialização de gênero
 
  • Sexo: determinação biológica;
  • Sexualidade: significado atribuído à condição definida geneticamente;
  • Relações de gênero: representações socialmente constituídas.

Proposta: Situações diferenciadas na escolas, como reunião de pais com a interação dos mesmo em atividades dirigidas, um projeto que contemple a realidade dos educandos.

Módulo I: Interdisciplinariedade, Transdisciplinariedade e construção de valores

Disciplina: Temas Transversais e a estratégia de projetos
Vídeo-aula 21: Sentimentos e Afetos como tema transversal
Semana 6


Partindo do pressuposto de que os sentimentos e afetos devem ser tomados como objetos de ensino e de aprendizagem, esta vídeo-aula tem como principal objetivo apontar caminhos práticos para que, visando a formação ética das futuras gerações, a dimensão afetiva seja incorporada no cotidiano das escolas brasileiras.
 Profª Valéria Arantes

Três conceitos ligados ao tema:
  • Valores
  • Autoestima
  • Autoconhecimento
O que são Valores?
 
Segundo Piaget, valores são trocas afetivas que o sujeito realiza com o meio exterior. Os valores surgem da projeção de sentimentos positivos sobre objetos, pessoas e relações.
 
Autoestima:
Diz respeito à autoimagem que o sujeito constrói sobre si memo. É fundamental para o processo de construção da cidadania. A baixa autoestima é um grande problema entre os jovens hoje em dia. Está relacionado com a sensibilidade de se perceber de uma maneira positiva, os tipos de sentimentos que o sujeito projeta sobre si.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Auto-conhecimento:
 
Consciência dos próprios conhecimento e valores. Está relacionado ao conceito de autonomia. Diz respeito ao processo de auto regulação que o sujeito constrói a própria conduta e à uma dimensão da sensibilidade para perceber a si mesmo. Tomar conhecimento dos próprios sentimentos, valores, ideias para se ter uma conduta coerente com o que se acredita.
 
Como incorporar os sentimentos e afetos no cotidiano de nossas escolas?
 
Transformando os sentimentos e afetos em objetos de ensino e aprendizagem.
Atividades apresentadas:
- Desenhar uma corpo humano e estipular um sentimento para cada parte do corpo.
- Escrever sobre os sentimentos e em qual momento a criança sente cada um deles.
- Desenhar do lado esquerdo da folha uma pessoa triste e do lado direito explicar o motivo desta pessoa estar assim. Depois sugerir maneiras para que esta pessoa fique feliz.
  • É preciso diagnosticar a situação e promover encaminhamentos.
"Sentir é criar. Sentir é pensar sem ideias, e por isso sentir é compreender, visto que o universo não tem ideias." 
                                                                   Fernando Pessoa

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Módulo I: Interdisciplinariedade, Transversalidade e Construção de Valores

Disciplina: Educação e Construção de Valores
Vídeo-aula 20: Violência e Educação UNIVESP TV: Violência nas escolas
Semana 5

José Saramago no livro “Ensaio sobre a Cegueira” diz que: “Se puderes olhar, vê, e se puderes ver, repara”. Reparar significa olhar atentamente.
A aula discute a importância do diagnósitco sobre as práticas de violência que acontecem na escola (onde, quem, com quem, contra quem) para construir alternativas de ação, verificando o que a escola pode fazer e quais os parceiros (conexões) necessárias.
Profª Flavia Schieling

 A Profª Flavia Schieling se  preocupou em discutir o que compete  a escola:

  • A violência emudece alguns, mas não é impossível falar sobre violência
  • Primeiro desafio: Falar sobre o assunto
  • A escola não consegue fazer TUDO sozinha...
  • Precisa da ajuda da comunidade (entorno escolar), saúde, segurança pública ou seja parcerias
  • Soluções: Conhecer o entorno escolar
  • Diálogos entre famílias
  • Grupo de Professores e funcionários unidos para um melhor funcionamento da escola.

Até quando iremos escutar esses noticiários? Mário Sergio Cortella fala sobre o assunto:







Módulo I: Interdisciplinariedade, Transversalidade e Construção de Valores

Disciplina: Educação e Construção de Valores
Vídeo-aula 19:  Podem a ética e a cidadania ser ensinadas?
Semana 5

Muitas vezes, acreditamos ser a preocupação com a formação ética mais uma das novas atribuições da escola, em função de sua crescente presença na contemporaneidade. No entano, esse tipo de preocupação remonta pelo menos ao início da tradição do pensamento ocidental. A possibilidade e os desafios da formação ética foram tema recorrente dos diálogos e escritos de filósofos, escritores e poetas da Grécia Clássica. Destacamos alguns trechos desses diálogos, cuja leitura pode ainda guardar interesse para nós hoje.
Prof. José Sérgio Carvalho (Filosofia da Educação – USP)

Formação ética é papel da escola?
Aristóteles trouxe várias contribuições sobre o assunto abordado:

“Os homens tornam-se bons e virtuosos devido a três fatores, e estes são, a natureza, o hábito e a razão. Ora, a razão e a inteligência são os fins da nossa natureza. Por isso é necessário preparar-lhes a formação e o cultivo dos hábitos. Já se disse que a natureza devem ser os futuros cidadãos [...] o resto é obra da educação.
Realmente toda arte e educação esforçam-se por completar o que falta à natureza. Ninguém porá em dúvida que ao legislador incumbe, sobretudo o cuidado à educação. Pois o costume adequado a cada constituição sói defendê-lo e, no começo fundá-lo também… E sempre o costume melhor é a causa de melhor constituição. É claro, então que compete às leis
regularem a educação e torná-la pública.”


A Ética não é uma disciplina, por isso não é necessário estar no curriculo escolar e sim nas práticas sociais. E importante que o professor mostre aos seus alunos o valor da solidariedade, através de suas práticas diárias.

Mário Sérgio Cortella em entrevista com Jô Soares, explicando o que é Ética:




Módulo I: Interdisciplinariedade, Transversalidade e Construção de Valores

Disciplina: Temas transversais e a estratégia de projetos
Vídeo-aula 18: Educação Integral
semana 5

Este programa produzido pela UNIVESP TV traz a rica experiência de educação integral, voltada para construção da cidadania, que escolas da rede pública de São José dos Campos, vêm desenvolvendo.
São José dos Campos (SP): população de 630.000 habitantes, segundo o IBGE. É a 6ª cidade mais rica do estado e a 21ª economia do Brasil. Lá estão a EMBRAER, o INPE e o ITA.
A rede municipal de educação possui 43 escolas, sendo que 7 possuem educação integral,
também chamada de jornada ampliada.
 A escola possui 5 atêlies (oficinas) por semestre e o aluno que se escreve no qual quer participar, dentre eles existem vários temas. Todos os aspaços devem ser significativos. Contudo a unidade escolar conta o horário regular e a jornada ampliada.A ideia desta jornada ampliada é formar as crianças não apenas na dimensão cognitiva, mas em todas as dimensões da educação. Já no horário regular é destinado aos seus estudos. Os alunos sempre sabem o porque estão aprendendo determinado assunto.
Os resultados são positivos, pois em 2009 os alunos dos 4ºs e 5ºs ANOS da Escola Jacira Vieira alcançaram a meta 2017 do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). Os alunos que saem da escola de jornada ampliada sentem saudades e os educadores consideram o trabalho gratificante.

Fala da prof. Socorro que trabalha na jornada ampliada: 

"Antes era eu, agora somos nós"

dizendo que antes de trabalhar na escola integral Jacira Vieira entrava em sua sala e dava a sua aula, não tinha contato com os outros professores, agora nessa unidade ela consegue ver a união entre todos os funcionários e todos os alunos.