Vídeo-aula 28: O Fenômeno Bullying
Semana 7
A aula aborda o conceito de Bullying (ou violência moral) esclarecendo o fenômeno que, embora presente há tempos na sociedade, vem preocupando aos educadores pela incidência crescente entre crianças e jovens. A partir de uma retomada histórica, propõe uma reflexão sobre o tema, apresenta a situação no Brasil e aponta alternativas para o manejo das situações que envolvem o fenômeno, assim como, ações preventivas que podem minimizar a incidência do problema nas escolas.
Profª Kátia Pupo.
Nós chamamos de bullying (termo em inglês) todas as atitudes agressivas, intencionais e repetidas e também que ocorrem sem uma motivação evidente adotadas por uma ou mais estudantes contra outro (s), causando dor e angústia dentro de uma relação desigual de poder.
Bullying:
- Humilhações
- Difamação
- Constrangimento
- Menosprezo
- Intimidação
- Ameaças
- Exclusão
- Perseguições
- Agressão física
- Roubo
A pesquisa da ABRAPIA (2003) nos oferece dados importantes:
- Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à Adolescência;
- 40,5% dos adolescentes já vivenciaram uma situação de bullying;
- Sala de aula – geralmente acontece em sala de aula e essa invisibilidade ou a não interferência do professor agravam o problema;
- 50% das vítimas não denunciam, por conta de se sentirem ameaçadas e não decepcionarem seus pais (baixa auto-estima);
- Meninos – agressões físicas;
- Meninas – intrigas, fofocas e exclusão.
Brincadeiras ou Bullying?
- Ação repetida e intencional – Os educadores precisam diferenciar o que brincadeira de mau gosto e o que é bullying. Ele precisa acontecer repetidas vezes para ser caracterizado como tal.
- Duração prolongada – o bullying pode durar vários anos.
- Falta de motivação;
- Desequilíbrio de poder – a vítima é indefesa e não tem capacidade de solucionar o problema. O mentor do bullying não o pratica, muitas vezes. Ele instiga outros alunos para que o faça por ele.
- Impossibilidade de defesa.
VÍTIMAS:
- Pouca habilidade de socialização;
- Dificuldade para reagir às agressões;
- Características físicas, comportamento, condição socioeconômica, ou orientação sexual diferentes;
- Hiperativos e impulsivos;
- Muitas vítimas tornam-se agressores;
- Não pedem ajuda por medo de retaliações ou por não quererem decepcionar os pais.
AGRESSORES:
- Ambos os sexos;
- Desrespeito às normas;
- Dificuldade de lidar com frustração;
- Liderança;
- Pequenos delitos;
- Desempenho escolar regular e insuficiente;
- Ausência de culpa;
- Desafiadores e agressivos;
- Dificuldade em lidar com figuras de autoridade;
- Mentiras constantes.
Cyberbullying ou Bullying Virtual:
- Uso dos recursos da Internet;
- Efeito multiplicador e duradouro;
- Anonimato: criação de perfis falsos pelo agressor;
- Impunidade;
- Maioria de adolescente;
- Passível de ação penal.
CONSEQUÊNCIAS:
- Tendência ao isolamento
- Dificuldade de participar das discussões em sala de aula
- Queda de rendimento escolar
- Fobia escolar
- Mudanças de humor
- Insônia, sintomas de dor de cabeça, estômago
- Irritadas, ansiosas e tristes
- Mais propensas a desenvolver transtornos afetivos, depressão, anorexia, bulimia, síndrome do pânico;
- Suicídio e homicídio.
INTERVENÇÕES POSSÍVEIS:
- Conscientização;
- Sensibilizar a comunidade (todos os agentes escolares);
- Ambiente de confiança, solidário e ético (assembleias para discutir as regras de convivência, estimulando os estudantes a falar sobre os seus sentimentos);
- Dar apoio e proteção ás vítimas;
- Estabelecer regras e limites claros;
- Aplicar sanções sem tolerância em casos de bullying.
Pesquisa da UNICAMP revela que a atitude dos professores é decisiva para coibir ou estimular o bullying escolar, ou seja, o educador tem um papel essencial nesse processo:
Para mais informações, visite: http://www.gagueira.org.br
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